Durante a bênção “Urbi et orbi” (“À cidade e ao mundo”), nesta manhã de Natal (25/12), o papa Francisco fez um apelo à renovação espiritual e à reconciliação, tanto com Deus quanto com o próximo, em tempos de conflito e sofrimento, com forte ênfase na necessidade de diálogo, negociação e gestos de paz mundo afora.
Na mensagem de Natal, o papa Francisco menciona várias regiões específicas do mundo, expressando preocupação com conflitos e crises humanitárias.
Sobre a Ucrânia, Francisco pediu para que “as armas se calem e que se abra a porta para negociações e diálogo, visando uma paz justa e duradoura”. “Que se calem as armas na martirizada Ucrânia, que se tenha a audácia de abrir a porta para a negociação e gestos de diálogo e encontro para se chegar a uma paz justa e duradoura”, afirmou o papa para milhares de fiéis na Praça São Pedro.
Em relação à guerra em Gaza, o pontífice apelou para a libertação de reféns e para ajuda à população que sofre com a fome e o confronto bélico. “Que se calem as armas no Oriente Médio. Envio um pensamento às comunidades cristãs na Palestina e em Israel, em particular à cara comunidade de Gaza, onde a situação humanitária é gravíssima. Que se cesse o fogo, se liberte os reféns e se ajude a população esgotada pela guerra”, acrescentou.
O papa ainda citou regiões da África afetadas por conflitos armados, terrorismo e alterações climáticas, como República Democrática do Congo, Burkina Faso, Mali, Níger e Moçambique.
Ano Jubilar
O Jubileu ou Ano Jubilar é uma comemoração religiosa da Igreja Católica, celebrada a cada 25 anos, destinada ao perdão de pecados, à renovação espiritual e à celebração da misericórdia divina. Proclamado pelo papa Francisco com o tema “Peregrinos da Esperança”, o Jubileu começou em 24 de dezembro de 2024, com a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e terminará em 6 de janeiro de 2026.
Durante a bênção de Natal, nesta quarta-feira (25/12), o papa associou o Jubileu à imagem de Jesus, como a porta aberta para a salvação convidando todos a entrarem e deixarem para trás os medos e as divisões.
O apelo central do papa para o Ano Jubilar é um chamado à ação e a uma transformação pessoal e social, inspirada pelo amor e pela misericórdia divina.
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