Maré alta causa destruição de barracas em praia de Tibau do Sul; veja vídeo
Foto: Reprodução
Fenômeno causou destruição de barracas. Foto: Reprodução

Praias localizadas no município de Tibau do Sul, localizado no Litoral Sul do Rio Grande do Norte, foram atingidas pelos efeitos da maré alta durante o fim de semana. Conforme informações confirmadas pela prefeitura do município nesta segunda-feira (23), o fenômeno causou diversos danos em estruturas comerciais como barracas, localizadas na faixa de areia. A Praia do Madeiro foi a mais atingida. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o cenário causado pela força do mar, que causou a destruição completa de barracas no local.

Dados da Defesa Civil do município apontam que a maré mais alta do ano ocorreu ainda na madrugada de quinta-feira (19). O transtorno persistiu durante a sexta-feira (20) e sábado (21).

Em nota divulgada, a Prefeitura de Tibau do Sul informou que está realizado notificações preventivas nas ocupações ao longo da orla, a fim de mitigar as consequências e prevenir maiores riscos. Também é realizado um monitoramento para detectar a existência de resíduos sólidos urbanos para subsidiar um plano de ação para remoção.

Ainda conforme o pronunciamento, a prefeitura afirmou que “se solidariza com as famílias que tiveram prejuízos financeiros devido às intempéries acontecidas”.

Leia a nota na íntegra abaixo:

“Recentemente, as praias do nosso município foram atingidas por fortes marés, que ocasionaram diversos danos em estruturas comerciais como barracas, localizadas na faixa de areia, em especial na Praia do Madeiro.

A Prefeitura de Tibau do Sul se solidariza com as famílias que tiveram prejuízos financeiros devido às intempéries acontecidas.

Através da Secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Mobilidade Urbana – Semurbmo, e com o objetivo de mitigar as consequências e prevenir maiores riscos, a Prefeitura tem realizado notificações preventivas nas ocupações ao longo da orla.

Foi realizado um diagnóstico das árvores em situação de risco, e possível remoção para evitar quedas e acidentes. A Semurbmo também está realizando um monitoramento sobre a existência de resíduos sólidos urbanos para subsidiar um plano de ação para remoção.

Autuações locais foram realizadas onde foram constatadas a presença de dispositivos irregulares para destinação do esgoto, como fossas e sumidouros. Juntamente com os órgãos ambientais competentes, a Prefeitura de Tibau do Sul tem agido dentro do Projeto Orla para regularização das ocupações, com oficinas e ações”.

Tribuna do Norte

Prefeitura decreta emergência em Ponta Negra e Via Costeira por avanço da maré
Avanço da maré causou prejuízos em equipamentos da Via Costeira | Foto: Cedida

A Prefeitura do Natal decretou situação de emergência, pelo prazo de 90 dias, em Ponta Negra e na Via Costeira devido ao avanço do mar no litoral. O decreto foi publicado nesta sexta-feira (20) pelo prefeito Álvaro Dias em edição extra do Diário Oficial do Município. A medida considera o agravamento da erosão marinha ocorrida na orla das praias, provocado pelo avanço das marés além da normalidade, que resultaram na destruição de equipamentos dissipadores da drenagem, bem como de parte da proteção costeira de hotéis e de rampas de acesso.

O objetivo é garantir medidas que visam a proteção das pessoas que ainda frequentam a região, sobretudo a área próxima ao Morro do Careca, mesmo com a interdição do local, e patrimônio paisagístico da cidade.

A decisão pelo decreto de emergência também foi embasada em reunião do Comitê de Crise criado pela Prefeitura para enfrentamento de desastres naturais, depois que alguns hoteleiros procuraram o município pedindo medidas urgentes em função dos estragos que o avanço do mar com marés altas chegando ao coeficiente de 2.9 causaram em algumas estruturas de contenção.

“Estamos diante de uma grave ameaça de colapso do Morro do Careca. Não vamos permitir que aconteça, pois isso poderá acarretar prejuízos incalculáveis para toda a cidade e até coloca em risco a vida das pessoas, como aponta o relatório da Defesa Civil. Reuni o gabinete de crise da Prefeitura, decidimos pela decretação do Estado de Emergência e o próximo passo é definir o planejamento das ações, incluindo o perímetro da área que será interditada, qual o tipo de barreira iremos utilizar, assim como analisar o prejuízo para os equipamentos turísticos e a população da região, a fim de que a gestão municipal ofereça o suporte necessário”, detalhou Álvaro Dias.

Durante a reunião, a Defesa Civil do Municipal apresentou um relatório em que revela um quadro preocupante a respeito da atual situação do Morro do Careca. O estudo constatou que o processo erosivo pelo qual passa a área avançou de forma significativa em um curto período de tempo com a formação de voçorocas (desgastes provocados pela erosão), ampliando o desgaste do terreno, gerando o risco de desabamento em locais com circulação de pessoas e fazendo com que o local seja considerado de alta periculosidade.

Na análise, foi verificado o desabamento dos dissipadores de drenagens, recém-instalados pela Prefeitura em uma obra paralela à da engorda, e dos muros de contenção da maré na altura dos Hotéis Rifóles e El Aram. O Hotel Vila do Mar também sofreu com a invasão da água em seu terreno.

Segundo o secretário Tiago Mesquita, da Semurb, a solução definitiva para a região é o projeto de “engorda” da praia, mas o município reconhece a necessidade de adotar medidas urgentes para evitar um desastre maior, diante do agravamento da situação enquanto o aterramento hidráulico não for concluído.

“Estamos monitorando constantemente a região e a atual situação é bem preocupante. O prefeito Álvaro Dias sabe da importância de Ponta Negra para a cidade e, com certeza, não vai medir esforços para solucionar essa questão. Inclusive, já determinou que toda a equipe de secretários e técnicos do Município fiquem em alerta para agir no menor tempo possível”, disse a coordenadora da Defesa Civil Municipal, Fernanda Jucá.

Tribuna do Norte

X informa ter cumprido prazo e indicado representante legal no Brasil
X/Twitter. Foto: Divulgação/X
A falta de representação legal no Brasil foi o motivo que levou à suspensão do X, em 30 de agosto. Foto: Divulgação/X

A rede social X informou ter enviado nesta sexta-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o nome da advogada Rachel de Oliveira Villa Nova para atuar como representante legal da empresa no país.

O envio foi feito para cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 24 horas para a empresa comprovar a reativação da representação no Brasil. O prazo terminou às 21h29.

Ontem (19), o ministro pediu que a empresa enviasse documentos de registro na Junta Comercial e que comprovassem a nomeação da advogada para representar a empresa oficialmente.

No mês passado, Moraes retirou o X do ar após a empresa fechar seu escritório do Brasil, condição obrigatória para qualquer firma funcionar no país.

No dia 17 de agosto, o bilionário Elon Musk, dono da rede social, anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil após a rede ser multada por se recusar a cumprir a determinação de retirar do ar perfis de investigados pela Corte pela publicação de mensagens consideradas antidemocráticas.

Agência Brasil

Tribuna do Norte

Obra de engorda de Ponta Negra segue paralisada após duas semanas

Draga que vai atuar na engorda se reaproximou da orla e a tubulação voltou a ser instalada, mas não há previsão para o retorno da obras.

Paralisada há 15 dias, a obra de engorda da praia de Ponta Negra segue sem data definida para ser retomada. A Prefeitura de Natal aguarda o resultado de um laudo contratado pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) para se pronunciar.

Enquanto isso, a draga holandesa que vai atuar na engorda se reaproximou da orla e a tubulação voltou a ser instalada.

A obra foi paralisada no dia 3 de setembro, quatro dias após o início da execução, porque a equipe da Funpec identificou problemas nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado, que fica a cerca de 7 quilômetros da costa de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luiza.

De acordo com a Funpec, a areia retirada da jazida, que havia passado por estudos em 2015 e 2021, estava com cascalho, o que a deixaria imprópria para a obra.

O laudo que o município aguarda é, portanto, o terceiro estudo realizado no local em 9 anos. O intuito é avaliar se a areia do local tem condições de ser utilizada na engorda.

O prazo inicial para a conclusão do parecer era estimado de 7 a 10 dias – já esgotados.

Obra de engorda foi iniciada no fim de agosto, paralisada quatro dias depois e ainda não foi retomada — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi

Obra de engorda foi iniciada no fim de agosto, paralisada quatro dias depois e ainda não foi retomada — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi

Procurada pela reportagem da Inter TV Cabugi, a DTA Engenharia, empresa que venceu a licitação, afirmou que os comunicados estavam sendo feitos apenas pela Prefeitura de Natal.

Por sua vez, o município afirmou, que aguarda a conclusão do laudo e que só iria se posicionar após disso.

Como funciona a obra

  • A areia será tirada de um banco de areia localizado a cerca de 7 km da costa. Segundo a prefeitura de Natal, saindo em linha reta, a jazida ficaria de frente ao farol de Mãe Luiza.
  • Na obra de Ponta Negra, a equipe estima que vai usar 1 milhão de metros cúbicos de areia.
  • A draga é um navio com uma tubulação de sucção que é arrastada à medida que navega. Essa tubulação funciona como um aspirador, que suga a areia junto com a água do mar.
  • Após ser sugada, a areia fica armazenada em cisternas do navio, que possuem capacidade de 2800 metros cúbicos – o equivalente a 700 caminhões de areia com 4 metros cúbicos, cada. O excesso de água volta para o mar.
  • O navio se aproxima da praia, a cerca de 500 metros, e engata tubos que já ficam instalados ao longo do trecho que será aterrado.
  • Em seguida, o navio bombeia a areia junto com água para a praia.
  • A água com areia decanta na praia e equipamentos como escavadeiras espalham o material para conformar a praia de acordo com o projeto.

Engorda em Ponta Negra

O investimento inicial para a obra da engorda é de R$ 73 milhões, com previsão de duração de 94 dias.

A engorda prevê criar um aterro de cerca de 4 km entre a Via Costeira e o Morro do Careca. A previsão é de que a faixa de areia da praia fique com até 100 metros, na maré baixa, e com 50 metros na maré cheia, após o fim da obra.

A obra tinha sido iniciada no fim de agosto após mais de um mês de impasse para a liberação da licença ambiental do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema).

g1

Falta de vacinas atinge 56% dos municípios do Estado, aponta CNM
Unidade Básica de Saúde São João está sem a vacina contra a Varicela há pelo menos três meses, segundo a direção| Foto: Adriano Abreu

Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que 64,7% das cidades brasileiras relataram falta de vacinas para imunizar, situação que afeta principalmente o público infantil. Na realidade do Rio Grande do Norte, o estudo mostra que 56% dos municípios potiguares constataram esse desabastecimento de pelo menos um imunizante na rede pública, 6ª maior porcentagem do Nordeste. A reportagem da TRIBUNA DO NORTE visitou a Unidade Básica de Saúde (UBS) São João, no bairro do Tirol, em Natal, durante esta quarta-feira (18) e constatou a falta da Varicela há pelo menos três meses.


De acordo com a direção da unidade, desde o encerramento do último lote da Varicela, o pedido foi realizado à Prefeitura do Natal. Por sua vez, o executivo municipal teria sinalizado à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que teria retornado informando a falta dessa vacina em todo Rio Grande do Norte. A Varicela, conhecida popularmente como catapora, é uma doença altamente contagiosa.


A pendência do imunizante Varicela na rede pública foi líder no levantamento do CNM, situação relatada por pelo menos 1.210 municípios brasileiros. Desde 2013, o Ministério da Saúde incluiu essa vacina na rotina tetra viral para crianças entre 15 meses e dois anos de idade.


Segundo Maria Eliza Garcia, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (COSEMS-RN), além da Varicela, a falta da Vacina Antirrábica também é uma realidade no estado.

“Estamos vivendo um momento preocupante para cumprimento de vacinação de acordo com as obrigações de percentual de cobertura”, afirma. De acordo com Maria Eliza, o mês de outubro será ainda mais crítico, pois já houve uma sinalização do Ministério da Saúde quanto à falta das vacinas de Febre Amarela e da Difteria, Tétano e Pertussis (DTP).


“Estamos fazendo um documento junto com a Sesap para o Ministério da Saúde solicitando providências e também mandaremos para o Ministério Público dando ciência da falta de vacinas para que não sejamos notificados pela Justiça. Neste momento teremos baixa cobertura destas vacinas”, explica a presidente do COSEMS-RN. A falta de vacinas também foi tema de uma reunião remota entre os municípios e o Governo do Rio Grande do Norte durante a manhã desta quarta-feira.


Outras vacinas relatadas pelos municípios brasileiros em falta são: Covid Criança (inativada XBB laboratório Moderna) com 770 relatos; Meningocócica C com 546; Tetraviral (Sarampo, caxumba, rubéola e varicela) com 447; Hepatite A com 307; e DTP com 288.


Nacionalmente, Santa Catarina apresenta a maior falta de vacinas, relatado por 83,7% das cidades. No ranking regional, o desabastecimento do Nordeste é liderado por Pernambuco (80,6%), Ceará (78,7%) e Maranhão (76,7%). Em sequência aparecem Bahia (66,9%), Alagoas (65,5%), Rio Grande do Norte (56%), Sergipe (51,7%), Paraíba (50%) e Piauí (44%).


Após constatar os dados do levantamento evidenciando a falta de vacinas em 1.563 cidades brasileiras, o Conselho Nacional de Municípios oficiou o Ministério da Saúde para cobrar providências para sanar a falta de vacinas.

Tribuna do Norte